quinta-feira, 3 de abril de 2008

Inerte


Ei você, olha o tempo,
ele está azul,
E você, está cinza... cinza como a noite passada
Não floresce com a manhã
como tudo deveria realmente ser
caminha lentamente, sem nem ao menos tirar os pés do chão
tua áurea acorrentada com as correntes da culpa,
finge ser feliz, mas não cuida bem nem de teus filhos
ruge como um leão em fúria sem razão de teus atos
clamas por perdão, mas não o quer de verdade
deseja o que poderia ser teu, e só.
Pra onde está indo, existe alguém aí dentro?
Os ventos sopram e tu nem os ouve.
O menino ao teu lado olha, os olhos brilham
Mas tua infância se foi, e abaixas a cabeça
numa mistura de tristeza, revolta, desânimo, um morto amor...
Onde tu está indo, existe alguém aí dentro?
Os espelhos continuam na casa,
mas parecem não refletir tua imagem...
... sentam no sofá, te olham
percebem que estás fraco, perdeste até a humanidade.
É triste...
mas não choro mais, não quero, não mais...
escolheste teu destino...
morrerás com ele
e sentirei falta de ti
mas hoje, não te terei como exemplo...

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As Portas...

Para cada porta, uma chave...para cada chave que gira, uma realidade paralela...uma vida.