sábado, 20 de novembro de 2010

Estranhos


Chega em casa...
Mais um dia de caminhada árdua
Na corrida desenfreada
Que te disseram pra fazer desde menino
Na busca, provavelmente, de você mesmo
Vai se saber né...

Tira a chave do bolso
Abre tua porta
Em casa. Conforto. Acalento
No quarto um som te mostra que ainda há esperança...
E os acordes ainda podem vir da própria alma

Que bom!
O incenso queima
Toca Play the part,
Tudo é acorde...
Não acorde!
Não acorde!

Arruma tua mochila...viajará cedo e já é muito tarde
Mas não tire a música...não acabe com a energia da noite!
Deixa ela no fone,
caminhe...
Os outros?
Ah! Eles também, no fundo, são “estranhos”,
Assim como você.

Um comentário:

laianavieira disse...

Cara! Valeu a demora. O texto me fez viajar por trilhas maravilhosas que se perderam um pouco "Na corrida desenfreada
Que ME disseram pra fazer desde meninA".
Infelizmente não é a tarefa mais fácil dizer o que pensamos, andar por onde gostamos, sorrir apenas quando sentirmos vontade. Infelizmente!
Enfim...Tua poesia é reflexiva, marcante, aventureira e apaixonante.
Parabéns! Um abraço.

As Portas...

Para cada porta, uma chave...para cada chave que gira, uma realidade paralela...uma vida.